A Chuva Pela Janela!



O dia começou de fato como todos os outros. Fiz tudo o que costumo fazer diariamente. Então me sentei na minha escrivaninha e fui dar uma olhada nas minhas redes sócias, atualizar minha vida virtual. Não fiquei muito tempo por aqui, as pessoas com quem eu costumo conversar não estavam online, então resolvi ir até a padaria comprar algo para comer, não só pela comida, mais para ir com a minha amiga até perto do seu novo trabalho.

No caminho notei alguns pingos de chuva, pensei comigo mesmo, que droga a previsão do tempo estava certa, vai chover. Apuremos os passos para fazer tudo antes da chuva começar.

A gente se despediu na esquina do trabalho dela eu fui para a padaria e ela para seu emprego. Peguei minha comida, paguei e sai. No caminho de casa comecei a planejar o conteúdo de hoje para o blog. O tempo continuou cinza e barulhento. Assim que cheguei em casa me preparei para fazer meu lanchinho, sentei na frente do meu notebook e coloquei uma boa musica, e tornei a pensar, mas desta vez em mim mesma. 

Pensei em tudo, desde o começo até o agora, bom talvez eu tenha também tentado pensar no final, mais isso me travou e voltei a pensar no que eu já tinha certeza.

Estava tão envolvida em meus pensamentos quando de repente um estrondo me interrompeu de um transe de ideias e imaginações. Olhei para fora da janela e notei a chuva caindo, forte e apreçada. Era intensa, pensei em como fazia tempo que não via algo parecido com aquilo, a água descia o morro da minha casa em abundancia, o quintal da vizinha estava completamente inundado. Outro estrondo fui interrompida novamente pelo barulho de um trovão.

Lembrei que havia muitas coisas ligadas na tomada que talvez pudessem queimar caso outro trovão daqueles caísse aqui por perto. Comecei pelo meu quarto mesmo, desliguei tudo que estava na tomada e fui para a sala e o escritório do meu pai. Assim que passei pela cozinha vi o chão todo molhado e notei que havia esquecido de fechar a janela. Mas para fecha-la eu precisaria sair naquela chuva para poder a fechar, já que isso só era possível pelo lado de fora.

Tudo bem, olhei para a porta e vi que a chuva era intensa mesmo, respirei fundo e sai, caminhei rápido mais também com cuidado para não cair, eu, com certeza, não precisava de mais roxos. Fiz tudo em menos de um minuto, mais ainda assim fiquei encharcada. Entrei em casa me sequei, e notei que agora eu tremia muito, a chuva de fato estava muito gelada.

Peguei o meu cobertor vermelho e sentei de frente para a janela do meu quarto e continuei a pensar, desta vez pensei nos meus planos para o futuro, em como eu queria que as coisas ficassem. Pensei, no meu chalezinho no meio do nada, com uma lareira, onde eu me sentaria nas noites frias, tomaria um chá e leria um livro. Pensei que também que talvez uma boa companhia seria bom. E assim passei um grande tempo, apenas pensando na vida como talvez ela seria daqui algum tempo.

A luz piscou e então eu acordei para a realidade, e então notei que a chuva grosseira de antes agora era só alguns pingos mansinhos regando calmamente a terra. E eu voltei para meus afazeres.

Autora: Aline Fontana (Eu)

Postagens mais visitadas

Instagram